70 anos do falecimento de Octávio de Freitas
Nesta data de 26 de janeiro faz 70 anos do falecimento do Dr. José Octávio de Freitas. Ele nasceu na cidade de Teresina, Piauí, em 24 de fevereiro de 1871. Formando-se em Medicina na Bahia, em 1893, retornou ao Recife onde fez toda a sua vida profissional e familiar.
Em 4 de fevereiro de 1907 inaugurou o primeiro laboratório clínico particular no Recife: Gabinete de Análises Clínicas e Bacteriológicas. Em fevereiro também no mesmo ano, no dia 11, uma segunda-feira de Carnaval, começava a rodar no Recife o primeiro automóvel do Nordeste, um peugeou, comprado na França por Octávio de Freitas.
Neste mesmo ano de 1907, ele publicou o livro “Os nossos Médicos e a nossa Medicina” pela Cia Editora Fluminense. Este livro, em brochura, consultei-o na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco. Octávio de Freitas escreveu mais de vinte obras e mais de 700 artigos em periódicos e em revistas médicas.
Pesquisando os trabalhos e assuntos pertinentes a Octávio de Freitas na Biblioteca Nacional Digital, no período de 1888 a 1949 constatei a citação do seu nome 13.011 vezes, principalmente nos jornais Diário de Pernambuco, Jornal Pequeno, Jornal do Recife, A Província e em outros pequenos periódicos.
Criou a Faculdade de Medicina do Recife em 1915, da qual foi diretor por quase 15 anos. Ela começou a funcionar em 1920, formando a primeira turma de médicos em 1925. E fez construir o prédio da Faculdade no Derby, hoje Memorial da Medicina de Pernambuco.
Em 1946 criou o Instituto Pernambucano de História da Medicina, do qual foi o primeiro presidente.
Foi membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Pernambucana de Letras e de outras instituições de cunho médico, como a Sociedade Pernambucana de Medicina, da qual foi o seu presidente.
A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores-Regional de Pernambuco para homenagear este médico, “Um homem à frente do seu tempo” determinou que este ano de 2019 fosse considerado como “Ano Literário Octávio de Freitas”.